Agricultura

Milho: relevância sócio-econômica do cereal é discutida na Expodireto

Grão produzido no Brasil poderá assumir a liderança no trading global

O 14º Fórum do Milho, que faz parte da programação da Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque (RS), abordou a expectativa no mercado de commodities, o futuro da cultura e suas novas tecnologias e o manejo assertivo de insetos-pragas na cultura do milho.

O milho é alimento e também energia para o mundo. As oportunidades para os produtores, além dos desafios para continuar evoluindo na produção da matéria-prima dentro dos moldes da agricultura competitiva, foram um dos destaques do encontro, que também abordou a relevância do grão na transformação da cadeia produtiva de aves e suínos.

Expectativas de mercado

14º Fórum do Milho, Expodireto Cotrijal
Foto: Canal Rural

No painel sobre a expectativa do mercado de commodities, o comportamento da demanda mundial pelo grão está superando a oferta e desafiando o estoque global. Com isso, grandes produtores mundiais não estão com plena capacidade de abastecimento. Para o diretor de Commodities da JBS, Arene Trevisan, o país tem potencial para assumir a liderança no trading global de milho.

Por outro lado, os desafios que a cadeia produtiva enfrenta, com eventos climáticos extremos e impactos fitossanitários, são barreiras técnicas neste avanço. Para o líder de Novas Tecnologias Latam da Bayer, Patrick Dourado, que apresentou o painel sobre o futuro da cultura do milho, o papel da biotecnologia é superar estes obstáculos.

“Acho que, nessa conversa de aumento de demanda, a tecnologia entra para viabilizar um pouco isso com o que a gente entrega, como que a gente entrega, com o que a gente tem hoje. A gente tem uma tendência de passar alguns anos difíceis até resolver, para adequar o meu germoplasma a uma necessidade que apareceu há dois anos. Tem esse delay que o produtor acaba sofrendo. Só que, a médio ou longo prazo, a tendência é que isso sempre melhore”, diz o executivo.

Problemas fitossanitários na cultura do milho

No que se refere aos problemas fitossanitários, o palestrante Glauber Renato Stürmer, que é pesquisador Entomologista da Rede Técnica Cooperativa CCGL/RTC, trouxe diversos aspectos no manejo importantes na cultura do milho.

“Manejo mais antecipado, na presença ou ausência do insetos, evitando que você tenha uma contaminação e perdas potenciais lá na frente. Uma vez que a gente atua sobre o inseto, não tem como reduzir os danos quando você começa a visualizar o complexo de enfezamento”, afirma.

*A repórter viajou a Não-Me-Toque a convite da Bayer

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