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Milho

Milho: saiba o que pode influenciar o mercado na próxima semana

Disputa entre EUA e China e a espera pelo relatório do USDA são os principais pontos de atenção, de acordo com análise da consultoria Safras & Mercado

colheita de milho
Foto: Olímpio Filho/ Embrapa Milho e Sorgo

O mercado de milho deve novamente acompanhar as negociações entre China e Estados Unidos. Outro ponto de atenção é o relatório de oferta e demanda do cereal norte-americano, que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na próxima quinta-feira, 12.

Acompanhe abaixo as dicas do analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado:

  • Na última semana, o mercado de milho apresentou poucas notícias positivas. A melhora dos modelos climáticos no Meio-Oeste norte-americano e o fraco desempenho das exportações semanais aumentaram o tom baixista;
  • Um importante ponto de sustentação foi a notícia da retomada do diálogo entre Estados Unidos e China, com nova rodada de negociações para outubro;
  • Logicamente que as bases para um acordo parecem distantes de ser alcançadas, com o foco ainda nas questões envolvendo propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia;
  • Informações cotidianas do mercado seguem relevantes para a formação de tendência de curto prazo, como o relatório semanal de condição das lavouras, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) toda segunda-feira;
  • O mercado passa a focar no relatório de oferta e demanda, que será divulgado pelo USDA no próximo dia 12, o foco central permanece na produtividade média;
  • O fluxo de negócios foi amplamente prejudicado na última semana pela mudança da paridade de exportação;
  • Basicamente a valorização do real e o movimento da Bolsa de Chicago resultaram na intensa queda das indicações do cereal nos portos, que recuaram de R$ 38,50 para R$ 36 a saca;
  • Nessas condições, os produtores optaram por reduzir a intenção de venda em diversos estados. Da mesma maneira que os consumidores passaram a pressionar o mercado;
  • Com o movimento deflagrado, já é perceptível alguma queda das indicações no mercado físico;
  • Os problemas de armazenagem seguem recorrentes no Centro-Oeste do país, principalmente em Mato Grosso e Goiás.

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