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Diversos

Milho: saiba o que pode mexer com o mercado nesta semana

O mercado repercutiu amplamente o relatório de Oferta e Demanda divulgado pelo USDA. A consequência foi a intensa alta dos contratos do grão

Foto: Pixabay

Como não poderia ser diferente, o mercado repercutiu amplamente o relatório de Oferta e Demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A consequência foi a intensa alta dos contratos de milho ao longo da sessão.

O USDA previu que os Estados Unidos deverão colher 14,778 bilhões de bushels, volume abaixo dos 14,827 bilhões de bushels indicados em setembro e aquém dos 14,851 bilhões de bushels esperados pelo mercado

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras e Mercado Fernando Henrique Iglesias:

  • A produtividade média foi indicada 180,7 em bushels por acre, abaixo dos 181,3 bushels por acre indicados no mês passado, enquanto o mercado espera um rendimento médio de 181,8 bushels por acre

  • A área a ser plantada foi estimada em 89,1 milhões de acres e a área a ser colhida em 81,3 milhões de acres. O mercado esperava uma área colhida de 81,7 milhões de acres.
  • Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,813 bilhão de bushels, ante os 1,932 bilhão de bushels esperados pelo mercado e acima dos 1,774 bilhão de bushels indicados no mês passado.

  • As exportações foram indicadas em 2,475 bilhões de bushels, ante os 2,4 bilhões previstos no mês passado. O uso de milho para a produção de etanol foi mantido em 5,650 bilhões de bushels.
  • No mercado doméstico, a movimentação semanal pode ser resumida pela valorização do real após o primeiro turno das eleições. As primeiras pesquisas de intenção de voto reforçaram um maior otimismo em torno da economia brasileira.
  • Para o mercado de milho, a consequência da valorização cambial esteve na redução dos prêmios nos portos, se aproximando dos níveis praticados no Golfo e na Argentina.
  • As indicações nos portos cederam agressivamente por conta disso, alcançando a mínima de R$ 35,50 em Santos para o mercado disponível. Após o relatório, os preços voltaram a alcançar o nível de R$ 37.
  • Os principais consumidores do país apontam para uma posição de maior conforto em seus estoques, e devem continuar pressionando as cotações no curto prazo.

Expectativas

O Brasil deve produzir 85 milhões de toneladas de milho nesta safra. Quase 15 milhões a mais que no ciclo 2016/2017. Com isso, os preços caíram.

E esse cenário deixou preocupado o produtor que estava segurando a venda do grão. Tanto que o telespectador Noel Silva Mello mandou uma mensagem para a gente perguntando: daqui a 90 dias o preço melhora?

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