O mercado de milho viveu uma semana agitada na Bolsa de Mercadorias de Chicago, com os preços caindo após a divulgação do aguardado relatório de oferta e demanda de setembro pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O documento trouxe uma surpresa ao elevar as projeções de produção mundial e americana do cereal.
Enquanto isso, no cenário doméstico, consumidores buscam preços mais baixos, indicando uma relativa tranquilidade em relação aos estoques, enquanto os produtores avaliam cautelosamente fatores como a flutuação cambial, a paridade de exportação e a logística, adotando uma postura mais conservadora na fixação de preços.
A produção global para a safra 2023/24 foi ajustada para 1.214,29 milhão de toneladas, um leve aumento em relação às 1.213,50 milhões de toneladas indicadas em agosto.
Entretanto, os estoques finais para esta safra foram estimados em 313,99 milhões de toneladas, um ligeiro incremento comparado aos 311,05 milhões de toneladas do mês anterior, mas ainda abaixo das expectativas de mercado, que projetavam 310,3 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, a produção prevista para a temporada 2023/24 subiu para 15,134 bilhões de bushels, acima dos 15,111 bilhões indicados em agosto e superando as estimativas do mercado, que trabalhava com uma projeção de 14,994 bilhões de bushels.
No entanto, a produtividade média esperada para esta safra é de 173,8 bushels por acre, abaixo dos 175,1 bushels por acre indicados no mês passado e das 173,3 bushels por acre esperadas pelo mercado.
Além disso, a área a ser plantada deve atingir 94,9 milhões de acres, ligeiramente acima dos 94,1 milhões de acres previstos anteriormente.
A área a ser colhida foi projetada em 87,1 milhões de acres, superando a previsão de 86,3 milhões de acres do mês passado.
Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 nos EUA foram estimados em 2,221 bilhões de bushels, um aumento em relação aos 2,202 bilhões de bushels previstos no mês anterior e às expectativas de mercado de 2,127 bilhões de bushels.
As exportações para a temporada 2023/24 foram indicadas em 2,050 bilhões de bushels, mantendo-se estáveis em relação às projeções de agosto.
Da mesma forma, o uso de milho na produção de etanol permaneceu inalterado, estimado em 5,300 bilhões de bushels, alinhado com os números do mês anterior.
Exportação de milho do Brasil
No âmbito das exportações, o Brasil registrou receita de US$ 469,950 milhões em setembro, ao longo de 5 dias úteis, com uma média diária de US$ 93,990 milhões.
A quantidade total de milho exportada pelo país atingiu 1,966 milhão de toneladas, com uma média de 393,176 mil toneladas por dia. O preço médio da tonelada exportada foi de US$ 239,10.
Comparando com setembro de 2022, observa-se um aumento de 9,1% no valor médio diário das exportações, um incremento de 28,6% na quantidade média diária exportada e uma queda de 15,1% no preço médio.