A decisão sobre o acordo entre China e Estados Unidos, o desenvolvimento das lavouras argentinas e os efeitos benéficos do clima sobre a segunda safra no Brasil são alguns dos fatores que devem ter influência sobre a cotação do milho nesta primeira semana de março.
Veja abaixo as dicas do analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, sobre o que deve merecer atenção do mercado do cereal:
- Mercado externo tem um março tenso à frente. A decisão para um acordo comercial entre Estados Unidos e China pode influenciar preços, fluxos e decisão de plantio dos EUA em 2019;
- Clima na argentina: lavouras de milho precisam de chuvas urgentemente em boa parte das regiões produtoras.
- Março é decisivo para a produtividade no país vizinho;
- Intenção de plantio dos EUA: possível elevação de área de milho e corte na soja tendem a dominar as atenções no final de março e afetar preços;
- Fora isso, mercado não tem outros grandes indicadores, já que a exportação norte-americana não cresce e
- Bolsa de Chicago tem se concentrado apenas nos estoques locais;
- Mercado interno segue firme e dependente das entradas de milho novo em cada região;
- Foco agora é no Sudeste, já que há boa parte da safra de verão a colher em Minas Gerais e áreas de São Paulo;
- O mercado dependerá da entrada desse milho novo para se abastecer até a segunda safra de 2019;
- O clima foi bastante favorável em fevereiro; polinização e pendoamento se darão em março e abril. Sem problemas de clima, a “safrinha” deve ser cheia;
- Os preços de exportação e o avanço das vendas no mercado interno para o porto serão fundamentais ao mercado;
- Sempre bom lembrar que em abril entra a safra argentina de milho.