O mercado de milho começa a apresentar sinais mais consistentes de queda após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na semana recém-terminada. Além disso, no Brasil, o volume de milho safrinha ofertado no Centro-Sul já apresenta sinais de avanço.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do
analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
– A tendência natural para o curto prazo é de pressão de baixa, considerando o avanço da colheita no Centro-Sul do Brasil, em uma safrinha de boa proporção;
– Como fator de sustentação, é preciso mencionar o processo de desvalorização cambial, com o câmbio rompendo a linha dos R$ 5,30 por dólar;
– O mercado interno tende a caminhar na direção da paridade de exportação, algo compreensível em um ano em que o milho brasileiro será bastante demandado do ponto de vista internacional;
– Na Bolsa de Chicago, o mercado digere o relatório trimestral de estoques que foi divulgado pelo USDA no decorrer da última quinta-feira (30). O incremento da área plantada de milho foi um grande elemento de queda;
– Agora o foco do mercado é direcionado ao desenvolvimento das lavouras no Meio-Oeste norte-americano, com um mercado climático bastante tenso;
– O modelo climático do NOAA , agência do clima dos Estados Unidos, ainda sinaliza para chuvas acima do normal temperaturas elevadas na região produtora, o que permite o desenvolvimento adequando das lavouras;
– Os relatórios semanais que apresentam condições das lavouras são um norte importante para o curto prazo, assim como as vendas líquidas semanais também são.