O pedido de ajuda ocorreu depois que manifestantes atacaram, na noite desse domingo, dia 23, o escritório regional do órgão ambiental em represália à Operação Rastro Negro, que combate a produção, o transporte e o comércio ilegal de carvão vegetal no Estado.
Segundo Minc, os atos de vandalismo e ameaças não farão o governo recuar no combate aos crimes ambientais.
? Pelo contrário, vamos intensificar as ações e punir os responsáveis. Não vamos nos intimidar ? afirmou o ministro do Meio Ambiente.
Inicialmente, a solicitação encaminhada ao ministro da Justiça é para que agentes da FNSP e da Polícia Federal que participam da Operação Arco de Fogo – de combate à extração ilegal de madeira na Amazônia ?, em Altamira (sudoeste do estado), sejam deslocados emergencialmente para Paragominas.
A coordenadoria de fiscalização do Ibama considera necessário o aumento da presença do Estado na área para que tenham continuidade as ações de fiscalização contra o desmatamento e o roubo de madeira em terras indígenas.
Além de atearem fogo na garagem e depredarem o escritório, os populares roubaram caminhões com toras apreendidas pela fiscalização e tentaram invadir o hotel em que estavam hospedados os fiscais.
Marco Antônio Vidal, um dos coordenadores da operação, contou que os manifestantes chegaram a arrancar o portão de entrada do hotel com um trator e só foram dispersados depois que policiais militares utilizaram bombas de gás lacrimogêneo.
Os trabalhos da Operação Rastro Negro começaram no fim de outubro e, desde então, foram destruídos mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões. Na madrugada de ontem foram apreendidos cerca de 400 metros cúbicos de madeira carregados em 14 caminhões, próximos a uma reserva indígena.