Ao final da primeira Reunião de Coordenação Política do ano, assessores do Palácio do Planalto disseram que o assunto não entrou em discussão, mas confirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria exigido o fim do bate-boca dentro do governo. O único a falar sobre a polêmica foi o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, que reforçou a intenção de reduzir os conflitos no campo.
? Não consigo entender como um plano que tenta criar um ambiente de paz de produção, diálogo e negociação possa criar algum empecilho para a produção. Ninguém é ingênuo para achar isso ? disse Cassel.
Para o cientista político José Alves Donizeth, o plano vai além das diretrizes para garantir os direitos humanos no Brasil. Ele acredita que o teor do documento demonstra a posição política do governo.
? É uma tentativa de se posicionar um pouco mais à esquerda, mesmo no final do mandato. Mas eu creio que o bom senso vai prevalecer. O governo Lula é extremamente pragmático e saberá contemplar os interesses conflitantes e vai encontrar um meio termo capaz de atender ambas as demandas ? concluiu Donizeth.