Lula tem até o fim da próxima semana para decidir. Em caso de veto, precisa encaminhar nova medida provisória propondo aumento às pensões ou optar por não conceder reajuste a aposentados que ganham mais de um mínimo.
Nessa segunda, dia 24, os ministros da área econômica voltaram a defender o veto do aumento dos benefícios e do fim do fator previdenciário.
? O compromisso do presidente com as centrais sindicais e com as lideranças políticas foi de (um aumento) 6,14%. Se tivermos condições de manter esse compromisso, vamos fazer ? disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o veto seria positivo para manter a solidez orçamentária.
Na semana passada, o plenário do Senado aprovou o índice de reajuste, retroativo a 1º de janeiro, e o fim do fator previdenciário contra a vontade do governo. As medidas já haviam sido aprovadas na Câmara.
A oposição espera apenas pelo veto do fim do fator previdenciário, dado como certo, para fustigar Lula. Além de pressionar pela convocação de uma sessão do Congresso, onde o veto poderia ser derrubado, mesmo que isso seja difícil, oposicionistas esperam desgastar o presidente com o discurso de que a manutenção do mecanismo prejudica os trabalhadores, mesmo que tenha sido criado em 1999 no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
? Se ele vetar, terá problemas com a oposição e com a própria base de apoio do governo ? avaliou o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC).