Duzentas e trinta máquinas agrícolas operam em 85 mil hectares pertencentes ao grupo GGF, que produz soja e milho em Mato Grosso. O monitoramento da frota é feito a distância, por um centro de operações no município de Lucas do Rio Verde.
O diretor-executivo Rogério Ferrarin explica o que é possível fazer remotamente: “Análise de solo; distribuição de sólidos; plantio; diagnóstico de pragas, doenças e ervas daninhas; pulverização; e colheita”.
Realizado desde 2018, o monitoramento já apresenta bons resultados. Antes, a pulverização não era tão uniforme, com taxa alvo de 56%. Atualmente, o índice passa dos 90%.
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O rendimento dos operadores das máquinas aumentou e o uso de água e insumos caiu. Tudo isso baixou em 5% os custos totais de operação — o que não é pouco para quem produz 620 mil toneladas de grãos por ano.
Segundo Estevan Proceski, coordenador de Informações Agrícolas do GGF, com o início do trabalho foi possível perceber, por exemplo, que a vazão de um dos produtos estava 30% menor do que o necessário. “A olho nu, ninguém notava, porque isso é muito técnico. Você vê uma névoa na base do pulverizador e não sabe quanto litros estão caindo. O diagnóstico possibilita correções imediatas”, afirma.
Para vencer os problemas de conectividade e possibilitar a comunicação entre máquinas e centro de operações, foram instaladas antenas de transmissão de internet. “A gente pega o sinal da nossa matriz na cidade e leva para a fazenda. Lá, setorizamos na torre e distribuímos para as máquinas”, explica o coordenador de Tecnologia Informação e Comunicação do grupo, Patric Castelli.
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A conexão com a internet também está facilitando do especialista em Integração da Agro Baggio, Marcelo Gonçalves de Oliveira, responsável pela manutenção do maquinário. Antes, ele precisava ir à propriedade para entender onde estava o problema, voltava para pegar a peça e ia novamente. “Hoje consigo ver qual o problema da máquina, ela me informa via alerta, e vou direto, com a peça certa”, relata.
*A jornalista viajou a convite da John Deere