O esquema pretende acabar com a liberação a conta-gotas das cotas de exportação, em vigor no país desde 2006. Porém, manteria a exigência da declaração dos estoques por parte dos produtores para que estes possam obter o documento que os autorizaria a exportar uma parte de suas produções no momento que lhe for conveniente, sem ter que esperar o aval oficial. O novo sistema está baseado em uma proposta apresentada pela cooperativa de agricultores da Federação Agrária Argentina (FAA). O governo pretende estimular o aumento da participação das cooperativas de pequenos produtores na exportação de grãos, que hoje é concentrada nas mãos das multinacionais.
O consumo doméstico de trigo está estimado em sete milhões de toneladas, enquanto o de milho é de 8 milhões de ton. Segundo o último relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a colheita do trigo atinge 65% da área projetada em 4,4 milhões de hectares. O volume estimado para a colheita, até o momento, é de 13,6 milhões de ton de trigo, o que deixaria um saldo de exportação em torno de 6,6 milhões de ton para atender especialmente a demanda de importação do Brasil, principal comprador do trigo argentino.