Compradores dos segmentos de carnes sinalizam que a relação de troca por milho está baixa e, com isso, vêm reduzindo o ritmo de compra. Além disso, é esperada uma boa produção no cultivo de segunda safra, o que reforça o poder de negociação dos compradores.
Do ponto de vista da oferta, de um lado, produtores continuam dando preferência às negociações de soja, que a cada dia bate novos recordes de preços. Outros, porém, vendo as sucessivas desvalorizações do milho e com necessidade de recursos para pagamento de custeio no curto prazo, optam por liquidar alguns lotes de milho.
No mercado paulista, a liquidez tem sido moderada e os preços seguem em queda. Entre 23 e 30 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão em armazéns da região de Campinas (valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa de desconto CDI), caiu 3,48%, fechando a R$ 24,39 por saca de 60 quilos nessa segunda. Dia 30. Se considerada a taxa de desconto NPR, também na região de Campinas, o preço médio à vista foi de R$ 23,92 por saca de 60 quilos nessa segunda, o que representa queda de 3,35% no comparativo com a segunda anterior.