Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

ESTUDO

Pesquisadores brasileiros desenvolvem protocolo para acelerar edição genômica do milho tropical

O milho é um dos principais grãos produzidos no mundo, e o Brasil é um dos principais produtores e exportadores

Milho
Foto: Rafaela Duarte/GCCRC

Pesquisadores do Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), uma iniciativa da Embrapa e da Unicamp, desenvolveram um novo protocolo para acelerar a edição genômica do milho tropical.

O estudo, publicado na revista Frontiers in Genome Editing, mostra que o protocolo pode ser três vezes mais eficiente do que os métodos tradicionais, o que abre caminho para o desenvolvimento de novas variedades de milho adaptadas às condições climáticas do Brasil.

O milho é um dos principais grãos produzidos no mundo, e o Brasil é um dos principais produtores e exportadores.

No entanto, a produtividade do milho tropical é significativamente menor do que a do milho temperado, devido a fatores como a baixa fertilidade do solo, as infestações de pragas e o cultivo dependente da chuva.

A edição genômica é uma ferramenta promissora para o desenvolvimento de novas variedades de milho mais tolerantes a esses desafios.

No entanto, as linhagens de milho tropical são, em geral, menos suscetíveis à transformação genética, o que dificulta os experimentos de edição genômica.

No novo protocolo desenvolvido pelos pesquisadores do GCCRC, foi utilizado um gene regulador morfogênico, que estimula a regeneração das plantas transformadas.

Os testes foram realizados com cinco linhagens de milho tropical, e três delas foram transformadas com sucesso, com taxas de eficiência de até 6,63%.

“Esses resultados são muito promissores”, afirma José Hernandes, autor do estudo que desenvolveu a pesquisa durante seu estágio de pós-doutoramento no GCCRC.

“Eles mostram que o novo protocolo pode ser usado para transformar linhagens de milho tropical com eficiência muito maior do que os métodos tradicionais.”

Os pesquisadores acreditam que o novo protocolo pode acelerar o desenvolvimento de novas variedades de milho tropical tolerantes a seca, pragas e doenças.

“Agora que temos um protocolo mais eficiente para transformar milho tropical, podemos testar genes desenvolvidos pelo GCCRC mais rapidamente e em condições de campo”, afirma Juliana Yassitepe, outra autora do estudo.

O estudo foi financiado pela Fapesp e contou com a parceria do VIB (Vlaams Instituut voor Biotechnologie) da Bélgica, e com a pesquisadora visitante Sofya Gerasimova, do Instituto de Citologia e Genética, da Academia Russa de Ciências e da Universidade Estadual de Novosibirsk (Rússia).

______

Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.
Sair da versão mobile