A coordenadora do projeto, a engenheira química Ângela Furtado, informou que a tecnologia vai estar disponível no país a partir de 2010. A ideia é despertar o interesse das indústrias do setor de pescado para que a Embrapa possa repassar essa tecnologia.
? A nossa parte é fazer os testes e levar a tecnologia pronta para poder transferi-la para alguma empresa ? disse Ângela.
No momento, os pesquisadores estudam o tempo que o produto pode permanecer na prateleira, para análise sensorial e microbiológica.
? Depois disso é que a gente fica com a tecnologia disponível porque pode ver quanto tempo dura o produto ? explica a engenheira.
Os testes permitirão identificar qual é o tempo de validade do produto para comercialização. Ângela Furtado explicou que algumas indústrias de sardinha nacionais tentaram, no passado, fazer algo semelhante, mas o projeto não foi levado adiante.
A Embrapa Agroindústria de Alimentos está estudando a melhor formulação do produto e qual a receptividade que ele terá no mercado. O patê já foi testado internamente pelos pesquisadores e teve boa aceitação, afiançou Ângela Furtado.
No final deste mês, serão feitas provas de degustação dos filés de tilápias em conserva. A Embrapa está examinando o mercado para ver se é possível patentear a tecnologia.
Contatos nesse sentido já foram iniciados junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para “ver a viabilidade de isso virar uma patente”, explicou a engenheira química.
A tilápia é um peixe de criatório, considerado importante fonte de proteínas minerais, principalmente cálcio e fósforo, além de vitaminas A, D e complexo B. De acordo com os estudos da Embrapa, cerca de 90% de sua carne podem ser processados, condimentados e comercializados sob a forma de patê. A criação de tilápias cresce em todo o país. O Brasil é o sétimo maior produtor mundial de tilápia.