? Agricultores de pequena escala irão se dedicar a uma cultura com mais garantias, enquanto produtores maiores não vão correr o risco de plantar uma safra que só tem mercado se o governo decidir. O pior que pode acontecer – e estamos neste caminho – é o plantio de trigo cair novamente no próximo ano e a produção não ser suficiente para atender à demanda doméstica ? diz um relatório semanal da bolsa.
O governo limita fortemente os embarques de trigo e de milho, e somente autoriza exportações se a oferta interna estiver garantida.
As restrições, combinadas com dois anos de estiagem, incentivaram uma preferência pelo cultivo de soja e reduziram o papel da Argentina no comércio mundial do cereal. Nesta temporada, os agricultores plantaram com trigo a menor área em mais de 100 anos.
O país foi o terceiro maior fornecedor mundial do cereal em 2006/2007, com as exportações somando 12 milhões de toneladas. Na temporada 2009/10, o volume exportado deve cair para apenas três milhões de toneladas, deixando a Argentina na sétima colocação, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Até agora, o governo permitiu exportações de 4,6 milhões de toneladas de trigo, sendo grande parte desta quantia remanescente da safra 2008/09. A produção neste ano é estimada em 7,5 milhões de toneladas pelo Ministério da Agricultura. As informações são da Dow Jones.