A oferta de milho segue restrita no Brasil, contexto que mantém os preços em movimento de alta desde setembro do ano passado. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que, mesmo com a colheita da safra de verão se aproximando do fim, muitos produtores têm preferido negociar a soja em detrimento do milho.
Vendedores do cereal estão afastados do mercado, na expectativa de que os valores continuem avançando nas próximas semanas, fundamentados nos baixos estoques de passagem e em problemas na oferta de milho de primeira safra, que reduziram a disponibilidade do cereal neste momento. Além disso, há preocupação com o desenvolvimento das lavouras de segunda safra. Compradores, por sua vez, precisam repor estoques de curto prazo e, para isso, acabam cedendo e reajustando positivamente os preços.
Nessa terça, o indicador Esalq/BM&FBovespa com base em Campinas (SP) atingiu R$ 60,14 por saca de 60 quilos, o maior valor nominal da série histórica do Cepea para esse produto, iniciada em agosto de 2004. Já em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI), o maior patamar deflacionado da série do Cepea, de R$ 68,50 saca, foi verificado em dezembro de 2007. Em março, o indicador registrou alta de quase 13%.