? Esse álcool já era para estar na bomba hoje por R$ 1,50, R$ 1,60, que é um preço atrativo ? afirmou.
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também disse que, a partir da próxima semana, os preços do etanol devem ser regularizados no país, com uma queda substancial dos preços. De acordo com levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o etanol custava em média R$ 1,89 em fevereiro, e passou para R$ 2,32 na última semana de abril.
Para Bisneto, o principal fator para o aumento dos preços registrado recentemente foi a rápida subida do consumo, por causa do aquecimento da economia brasileira, que afetou também outros setores.
? A produção de álcool no Brasil só vem crescendo, mas a economia cresceu mais que a produção, aí deu esse estresse de abastecimento ? disse. Segundo ele, o consumo de gasolina também aumentou, mas o consumidor não sentiu porque a Petrobras importou o produto.
A intenção do governo de aumentar a participação da Petrobras na cadeia de produção de etanol para regular o fornecimento e os preços do produto não surtirá muito efeito, na visão de Bisneto. Ele diz que o problema não está na produção, que vem aumentando a cada ano. O diretor acredita que o governo deveria adotar um programa de preços mínimos e máximos para o produto, para evitar quedas bruscas de preço e de consumo.
De acordo com o ministro Lobão, a Petrobras deverá aumentar sua participação na produção de etanol de 5% para 15% até o fim do mandato da presidenta Dilma Roussseff.