? Pedimos que se pronuncie, que marque um dia, um lugar e uma hora para estabelecer as bases do diálogo e iniciar o processo de reconciliação nacional ? disse Cossío.
Atos de violência praticados por opositores nessa quinta, dia 11, no setor de Três Barracas, no departamento de Pando, provocaram a morte de oito campesinos. Quinze pessoas foram feitas reféns e várias ficaram feridas.
O líder oposicionista assegurou que irá participar do diálogo e que, para isso, irá convocar a participação da Igreja e da Organização dos Estados Americanos (OEA) como coadjuvantes para o êxito da iniciativa.
? O presidente da República tem a palavra e também a primeira responsabilidade da história, porque é hora de pacificar o país e de nos colocarmos à altura da situação ? afirmou Mario Cossío.
Ele avaliou que os protestos e enfrentamentos na Bolívia durante os últimos dias se apoderaram de várias regiões e que a violência foi, aos poucos, substituindo as palavras. Cossío reclamou, entretanto, da indiferença por parte do governo de Morales diante de 15 dias de mobilização opositora nos cinco departamentos bolivianos de Santa Cruz, Pando, Beni, Tarija e Chuquisaca.
? A morte e o luto parecem ganhar o espaço da esperança de mudanças e de melhor vida para todos os bolivianos ? disse, pouco antes de classificar essa quinta como um dos dias mais negros da história democrática do país.