Lula fez a afirmação em meio à alta no preço dos combustíveis, o que levou o governo a reduzir o percentual da mistura de etanol na gasolina e a diminuir a cobrança da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide) nesses produtos. Em entrevista a emissoras de rádio de Minas Gerais, Lula ponderou, no entanto, que a exploração “com toda força” do óleo do pré-sal só deverá ocorrer mesmo em 2016 ou 2017.
? Certamente, na hora em que formos autossuficientes, poderemos ter uma certa de margem de manobra no preço do combustível. Hoje, embora sejamos autossuficientes do ponto de vista da nossa produção, temos que importar petróleo leve de outros países para misturar com o nosso. E também precisamos importar óleo diesel ? defendeu o presidente.
Ele acredita que o país poderá chegar a um ponto de equilíbrio e explorar com toda força o pré-sal por volta de 2016 ou 2017.
? Antes é muito difícil fazer isso ? disse.
Lula, que cumpre agenda nos municípios mineiros de Teófilo Otoni e Governador Valadares, lembrou que, entre os projetos de lei relacionados ao pré-sal está o que prevê a criação do Fundo Social, que destinará os recursos obtidos com a exploração do óleo desta camada à educação, ciência e tecnologia, preservação ambiental, saúde e cultura.
? É para a gente também não ficar torrando dinheiro. Ou seja, é preciso que a gente comprometa esse dinheiro com alguma coisa ? ressaltou o presidente.
Segundo ele, a descoberta do pré-sal e o início da exploração de petróleo dos poços será como um “segunda independência” para o país.
? Só em navio, estamos contratando 200, em plataformas, são 38 navios-sonda, ao custo, cada um, de US$ 2 bilhões. Estamos fazendo portos em Recife, na Bahia e no Ceará. E fizemos um porto e um dique seco no Rio Grande do Sul, recuperamos a indústria naval no Rio de Janeiro. Penso que o Brasil terá a sua segunda independência ? afirmou.