O projeto regulariza a quantidade de terras do Estado que será destinada para agropecuária e área para novas unidades de conservação. O texto inicial passou por várias audiências públicas para sugestões de outros segmentos da população. Muitas alterações foram feitas, mas ONGs que participaram do processo dizem que a versão final foi modificada sem consentimento da sociedade.
Segundo análise do Instituto Centro Vida, o substitutivo encaminhado para sanção do governador aumentou em 67% a área para uso agropecuário e diminuiu de 5,5 milhões de hectares para um 1,5 milhão do território reservado para preservação.
A oposição das classes ambientalistas sobre alguns itens que foram colocados na versão do projeto aprovado pela assembléia está deixando os produtores preocupados com o veto do governador.
Apesar da polêmica, o governador de MT, Silval Barbosa, diz que ainda não recebeu o documento e assim que receber fará uma análise junto aos técnicos. Disse ainda que será imparcial na hora de tomar a decisão.
O projeto socioeconômico e ecológico de zoneamento para Mato Grosso foi aprovado pela Assembleia Legislativa na última semana de outubro com dezenove votos favoráveis e um voto contrário. Agora ele depende da sanção do governador para seguir para comissões nacionais. Segundo o órgão legislativo, o documento já foi encaminhado a governadoria para ser assinado.