? Não acredito numa disputa por preço. Sadia e Perdigão são empresas com integração muito forte com os produtores ? acrescentou.
Stephanes considerou positiva a fusão das duas empresas. Na avaliação do ministro, apesar da concentração de 40% do mercado com a união das duas companhias, o restante do segmento é bastante pulverizado.
? A competição vai continuar ? previu, citando como exemplo a Aurora, uma grande cooperativa que concorre com as duas companhias e é formada por 450 mil associados.
Questionado a respeito da possibilidade de ocorrer com a Brasil Foods o mesmo que foi verificado com a Ambev (empresa do setor de bebidas formada inicialmente por duas companhias nacionais, mas que acabou sendo adquirida em grande parte por uma empresa belga), Stephanes negou taxativamente.
? O espírito do homem rural, da empresa rural, é outra coisa ? comparou o ministro.
Sobre o impacto da fusão para o consumidor brasileiro, os executivos da Perdigão e da Sadia reforçaram nessa terça que as marcas e os produtos das duas companhias serão mantidas no mercado. Segundo o presidente da Perdigão, Nildemar Secches, a Brasil Foods será apenas um nome institucional e continuarão a ser apresentados os produtos Sadia, Perdigão, Batavo e Qualy, por exemplo. No mercado internacional, porém, a Brasil Foods fará um estudo com o objetivo de selecionar as marcas de maior aceitação e assim mantê-las.
Os executivos também negaram que a fusão resulte em prejuízos ao consumidor. O presidente do grupo Sadia, Luiz Fernando Furlan, disse que a empresa pretende repassar parte das sinergias para o bolso do consumidor.
? O objetivo da fusão é melhorar a competitividade e, automaticamente, ter preços melhores ? reforçou Secches.