O próximo passo é dar entrada no processo de licenciamento ambiental, que ocorrerá no fim de junho, afirma o presidente da empresa, Sergio van Klaveren. Ele destaca que o alcoolduto terá capacidade para transportar 16 bilhões de litros por ano – na safra 2008/2009, a indústria produziu 27 bilhões de litros.
O alcoolduto terá sete bases coletoras e distribuidoras do combustível. Uma delas será em Anhembi, próximo da Hidrovia Tietê-Paraná. A base permitirá receber o combustível produzido no Centro-Oeste, diz o presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, um dos sócios da Uniduto. De Mato Grosso do Sul, o etanol seguiria até Anhembi e depois entraria no duto.
O projeto prevê outras três bases de coleta do combustível: em Serrana, Botucatu e Santa Barbara do Oeste. Os centros de distribuição devem ser instalados em Paulínia e na Grande São Paulo. E, para exportação, haverá uma base no Porto de Santos. Em todo esse trajeto, haverá necessidade de comprar terrenos ou pedir concessão de áreas ao governo do Estado, diz Klaveren.
Além desse empreendimento, há outros três projetos de alcoolduto em discussão em São Paulo e envolvem Petrobras, Camargo Corrêa, Mitsui, Equipav e ETH. Há rumores de que o projeto da Uniduto poderá se fundir com algum desses projetos. Klaveren, no entanto, diz que não tem nada fechado, por enquanto. Ele afirma que, em novembro, a empresa vai fazer um roadshow no exterior para atrair investidores estrangeiros, especialmente fundos de pensão. Além disso, a empresa já mantém conversas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do alcoolduto.
A expectativa é que a obra seja concluída em 2013.