Produtores rurais do MT esperam do novo governo geração de renda

Classe produtora recebeu positivamente a vitória de Dilma RousseffAssim como nos outros Estados da região Centro-oeste, em Mato Grosso Dilma Rousseff obteve menos votos que o candidato José serra. Mesmo assim, a classe produtora recebeu positivamente a vitória da petista e apontou entre os desafios da nova presidente melhorias em infraestrutura, definição da política ambiental e elaboração de medidas que garantam a geração de renda para o homem do campo.

Produtor rural há mais de 30 anos, José Antônio Brhem planta grãos e cria gado em uma fazenda em Jaciara, a 140 quilômetros de Cuiabá. O rebanho é de 2,6 mil animais. A propriedade está habilitada para exportar carne para a União Europeia. Porém, os investimentos feitos com rastreabilidade e outras exigências não estão sendo recompensados. Com o Real valorizado frente ao dólar, o lucro da atividade foi diluído. Por isso, pede à presidente eleita cuidado redobrado com a questão cambial.

O pedido da Associação dos Criadores de MT (Acrimat) é o maior comprometimento com o setor. A entidade cobra do governo federal mais atenção com o campo nos próximos quatro anos.

A Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja) reforça o pedido de urgência na definição do novo Código Florestal. Cobra a modernização da infraestrutura e logística do Estado, a elaboração de políticas agrícolas que favoreçam o setor e uma presença mais enfática nas negociações internacionais.

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) também comentou a vitória de Dilma Rousseff. Por telefone, o presidente da entidade, Rui Prado, disse que o setor espera mais investimentos na infraestrutura para escoar a produção, com a ampliação de rodovias e ferrovias e a esperada implantação de hidrovias. O dirigente também cobrou medidas que proporcionem renda para o produtor, como a concessão de créditos a juros mais compatíveis, melhorias no seguro rural e a renegociação das dívidas agrícolas.