O governo de Santa Catarina vai propor uma nova rota para trazer milho do Paraguai durante o Encontro Transfronteiriço da Rota do Milho nos dias 15 e 16 de setembro em Encarnación, no Paraguai.
A proposta é que o milho saia do Paraguai, passe pela província de Misiones, na Argentina, em direção à cidade de Bernardo de Irigoyen, próxima à fronteira com Santa Catarina, e chegue ao município catarinense de Dionísio Cerqueira. Nesta rota, o milho paraguaio percorreria 354 quilômetros até Dionísio Cerqueira, onde já existe um serviço de aduana, e 555 quilômetros até Chapecó, maior consumidor do cereal no Estado. O trajeto equivaleria a quase metade do percurso entre Mato Grosso e Santa Catarina e reduziria o frete em até 70%.
O estado já traz milho do Paraguai, diz a secretaria, mas por rota mais longa, que passa por Foz do Iguaçu. “Nossa produção de milho é de 3,2 milhões de toneladas e o consumo gira em torno de 6,5 milhões de toneladas. Para trazer milho de Mato Grosso pagamos mais no frete do que no grão, porque são em média 2 mil quilômetros”, disse na nota o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa.
Santa Catarina é o maior importador de milho do País e adquire por ano mais de 3 milhões de toneladas do cereal de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Da reunião em Encarnación deve sair um documento apontando as etapas para tornar viável a nova rota do milho, informou na nota o secretário adjunto Airton Spies.