As frutas exóticas do Norte e Nordeste, como a mangaba, cupuaçu, cajá, buriti, também estão na preferência dos consumidores brasileiros. Por isso, a partir de agora, segundo Luci Benassi, diretora da Irmãos Benassi, uma das maiores distribuidoras de frutas do país, é preciso muito cuidado ao colher, embalar e distribuir os produtos.
Ela participou nesta terça, dia 8, do Seminário Internacional da 1ª Fruit & Log, Feira Internacional de Frutas e Derivados, Tecnologia de Processamento e Logística, que prossegue até quinta, dia 10, na cidade de São Paulo.
? Cerca de 50% dos nossos fornecedores são pequenos produtores de todo o país. Mas temos dificuldades com a qualidade das frutas, que muitas vezes chegam azedas ou muito maduras ? diz Luci.
Muitas vezes, segundo ela, para aproveitar o preço bom num determinado dia, o pequeno produtor colhe a fruta antes da hora.
? Ele pode ganhar algum dinheiro imediato, mas o que ele não entende é que o consumidor não vai mais comprar a uva dele. Às vezes, o consumidor fica 15 ou 20 dias sem comprar uva por conta de decepção. Isso prejudica todo mundo, o supermercado, o distribuidor, mas muito mais o produtor ? explica a diretora.
Luci acredita que os produtores deveriam conhecer melhor o público consumidor.
? Fornecer sempre significa fornecer com qualidade ? adverte.
Para ela, um nicho a ser explorado pela pequena propriedade são as frutas exóticas.
? As frutas tipicamente brasileiras estão no auge. A exigência dos supermercados, empórios e hortifrutigranjeiros pelas frutas tropicais é grande e o pequeno produtor precisa e deve entrar nesta onda ? defende a dirigente da empresa.
Ela acredita também que a fruta in natura tem mercado garantido ainda por muito tempo.
? É uma questão cultural. O brasileiro gosta de tocar no produto e vê-lo inteiro ? conclui Luci Benassi.