Segundo Lyra, depois de três anos de teste com um ônibus pelas ruas da capital paulista, o projeto de aumentar o número de coletivos movidos a etanol passou para uma nova fase.
? O objetivo é aumentar cada vez mais o número de ônibus com combustíveis renováveis ? disse.
No período de teste, foi constatada uma redução de 70% nas emissões de CO2 e de 90% nas emissões de material particulado.
Atualmente, a utilização de etanol nos ônibus não é competitiva em relação ao diesel, combustível utilizado pela frota de 15 mil veículos da capital paulista.
? A expectativa é de que, com o aumento do número de ônibus, os ganhos de escala deixem a utilização de etanol mais competitiva ? informou.
O executivo explica que além do diesel ter mais potência energética que o etanol, existe também, neste momento, uma questão de mercado, com o preço do hidratado acima da média dos últimos anos.
O etanol hidratado utilizado no abastecimento dos 50 ônibus tem um aditivo misturado, no volume de 5%, que permite que o combustível renovável seja compatível com os motores a diesel. A Raízen será responsável pela aquisição do etanol utilizado, e pela mistura com o aditivo e o transporte até a Viação Metropolitana. Os motores dos ônibus foram desenvolvidos pela Scania e a iniciativa tem, ainda, a participação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e da Prefeitura de São Paulo, que irão subsidiar economicamente a utilização de etanol.