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Agricultura

SC oferece linha de crédito para produtores afetados pela seca

 Os estragos causados pela estiagem nas lavouras de Santa Catarina devem causar redução de 43% na safra de milho

Os estragos causados pela estiagem nas lavouras de Santa Catarina devem causar redução de 43% na safra de milho.

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Lavoura de milho afetada pela estiagem. Foto: Mapa/divulgação

Para minimizar os impactos da falta de chuvas, o governo lançou linhas de crédito especiais, entre elas o Reconstrói SC, que oferece condições de pagamento facilitadas e um desconto de 50% no valor financiado.

Na segunda-feira (24), o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, cumpriu roteiro no extremo oeste para apresentar os programas que estão disponíveis para os agricultores catarinenses.

“Este ano serão mais R$ 150 milhões para apoiar a construção de sistemas de captação, armazenagem e uso de água nas propriedades rurais, sem contar a recuperação de fontes e nascentes. Essas reuniões regionais são fundamentais para que as lideranças conheçam os programas disponíveis e orientem os agricultores sobre o apoio dado pela Secretaria da Agricultura, em especial ao crédito emergencial”, diz Altair Silva.

A Secretaria de Estado da Agricultura reforçou os programas para aumentar a disponibilidade de água no meio rural de Santa Catarina. São duas frentes de atuação: o SC Mais Solo e Água, com crédito para construção de sistemas de captação e distribuição de água, além da conservação de fontes e nascentes, e a linha emergencial Reconstrói SC, que pode ser utilizada para recuperação de sistemas produtivos.

Os produtores rurais contam com financiamentos de até R$ 10 mil, sem juros e com cinco anos para pagar. Caso o pagamento seja feito em dia há um desconto de 50% no valor total. O Reconstrói SC pode ser acessado para realizar a recomposição de pastagens, aquisição de sementes e alimentação animal – apoiando os produtores de grãos e leite.

Reunião com lideranças

Nesta segunda-feira, 24, os encontros aconteceram em São Miguel do Oeste e Guarujá do Sul, com a participação de lideranças de Tunápolis, Santa Helena, Belmonte, Iporã do Oeste, Descanso, Bandeirante, Barra Bonita, Paraíso, São José do Cedro, Dionísio Cerqueira, Guaraciaba, Palma Sola e Anchieta.

“A região extremo oeste está bastante preocupada com essa estiagem prolongada. As prefeituras estão numa verdadeira força-tarefa, garantindo o transporte de água para as propriedades rurais e o Governo do Estado tem contribuído com equipamentos e linhas de crédito especiais para atender aos produtores rurais. É um trabalho de equipe dando todo suporte para que o produtor possa atravessar esse momento de adversidade”, afirma Altair Silva.

Segundo o prefeito de São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan, a região já sofre com estiagem há, pelo menos, três anos e é fundamental a busca de soluções permanentes que tragam mais segurança para os produtores rurais da região.

“Se não houver investimentos na captação de água, proteção de fontes e no tratamento de água, nós vamos ter bastante dificuldade em manter o crescimento que tivemos nos últimos anos. A estiagem merece um olhar bastante crítico nesse momento para que possamos agir com antecedência, criando infraestrutura para os momentos de dificuldade”, destaca o prefeito.

SC Mais Solo e Água

Este será o segundo ano consecutivo que o governo destina recursos para o combate à estiagem. Em 2021, foram R$ 100 milhões em investimentos, que beneficiaram mais de 2,4 mil agricultores e 100 prefeituras. O programa SC Mais Solo e Água possui linhas de apoio especiais com descontos que podem chegar a 75% do valor contratado no financiamento para construção de sistemas de armazenagem e distribuição de água.

Nesta linha, os produtores terão acesso até R$ 100 mil, sem juros e com cinco anos de prazo para pagar. Podem ser feitos investimentos em captação, armazenagem, tratamento e distribuição de água na propriedade rural. Os beneficiários adimplentes terão uma subvenção de 50% no valor das parcelas, ou seja, o governo pagará metade do financiamento.

As famílias em situação de vulnerabilidade social e de renda terão um apoio ainda maior. O limite será de R$ 20 mil, sem juros e com cinco anos de prazo, e o bônus chega a 75% em caso de pagamento das parcelas em dia. Na prática, se o produtor acessar o valor máximo do financiamento (R$ 20 mil), ele irá pagar apenas R$ 5 mil, sendo o restante garantido pela Secretaria da Agricultura.

Os produtores rurais contam com apoio, também, para isolamento e recuperação de mata ciliar, proteção e recuperação de nascentes, terraceamento e cobertura do solo. Na linha Cultivando Água e Protegendo o Solo, estão disponíveis financiamentos de até R$ 30 mil, sem juros e com cinco anos para pagar. Os beneficiários adimplentes receberão subvenção de 50% no valor das parcelas.

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