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Milho

Estiagem: produção de milho em Santa Catarina deve cair 8%, diz Epagri

O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola ressalta que a quebra na safra de soja será de 4,2% e para o feijão, 3,2%

Forte seca provoca quebra de safra no milho do Rio Grande do Sul
Até o momento, a preocupação maior é com a produção de milho nas regiões de Campos Novos e Campos de Lages. Foto: Fabiana Venzon/arquivo pessoal

A produção do milho primeira safra deve cair 8% em Santa Catarina por conta da estiagem, representando quebra de 2,54 milhões de toneladas. O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) afirma que para a soja, as perdas no estado podem chegar a 4,2% e do feijão primeira safra com perda estimada em 3,2%.

“Estamos monitorando a situação meteorológica, hidrológica e também as safras em Santa Catarina. Queremos compartilhar as informações com os produtores rurais e lideranças do setor para que possamos tomar decisões mais acertadas e também nos prepararmos para as consequências da estiagem”, disse o secretário da Agricultura Ricardo de Gouvêa. A entidade se reuniu nesta semana para apresentar a situação atual da estiagem no estado e a previsão para os próximos dias.

Segundo a meteorologista Marilene de Lima, do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram), desde maio de 2019 Santa Catarina vem passando por períodos de estiagem, com épocas de mais e menos chuva. Em janeiro, o estado contou com chuvas pontuais e abaixo do esperado, porém no final do mês o cenário mudou completamente e o volume total do mês acabou ficando próximo ao esperado para a época do ano. No extremo oeste, por exemplo, os volumes de chuva foram acima do que normalmente é observado nesse período.

Até o momento, a preocupação maior é com as regiões de Campos Novos e Campos de Lages. “Em fevereiro tivemos chuvas pontuais, mas os modelos atmosféricos ainda indicam um mês com escassez de chuva. Nós esperamos um mês com chuvas de verão frequentes e mal distribuídas. As áreas mais críticas são as áreas próximas ao Rio Grande do Sul que estão com faltas de chuvas e podem continuar sofrendo durante o mês de fevereiro”, destaca.

A secretaria afirma que em tempos de pouca chuva, o produtor rural pode adotar algumas práticas para minimizar os impactos e garantir uma boa safra. A recomendação é de que os agricultores não deixem de fazer o seguro agrícola e que procurem fazer o escalonamento de plantio de sua safra, a fim de minimizar possíveis prejuízos caso a estiagem persista.

O investimento na construção de cisternas ou sistemas de irrigação também também traz mais segurança para os produtores nos tempos de estiagem.

 

 

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