Após a sétima pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostrar um incremento na produção de milho segunda safra, principalmente pelo aumento da área plantada, representantes da entidade afirmaram nesta quinta-feira, 11, que a colheita pode ser ainda maior do que o projetado se houver contribuição do clima neste mês de abril.
“Aguarda-se com grande expectativa a evolução da segunda safra pois, além do aumento da área, a lavoura foi plantada dentro da janela climática recomendada. A expectativa é que a produção venha a ser ainda maior do que foi estimado hoje se as condições climáticas se mantiverem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras nos próximos dois meses,” afirmou o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações do órgão, Guilherme Bastos.
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Segundo o gerente de Levantamento e Avaliação de Safras da Conab, Cleverton Santana, a previsão é de bom volume de chuvas em regiões produtoras nesta semana e na próxima. “Em abril, modelos apontam chuva considerável nesta semana na grande região produtora, com menor volume no Paraná, o que pode facilitar o plantio das culturas de inverno. Na semana do dia 18 ao dia 26, novamente, espera-se maior volume de água, o que deve favorecer a umidade do solo e garantir as estimativas de produtividade para culturas da segunda safra”, afirmou ele.
Como evidência da necessidade das chuvas para se ter uma ideia real do tamanho da safra, Santana mostrou que 65% da área semeada no país de milho segunda safra está em emergência ou desenvolvimento vegetativo.
Para milho primeira safra, não há grandes novidades em relação ao levantamento anterior, salientou Santana. A colheita já ultrapassou 50% e está mais adiantada do que no ano passado: “Isso porque o plantio também foi mais adiantado”, afirmou.
O coordenador-geral de Culturas Anuais, José Maria dos Anjos, do Ministério da Agricultura, defendeu a Conab de críticas sofridas pelas suas estimativas, principalmente de custo de produção e de avaliação de safra. “A cada dia, nós temos de tentar buscar e ter metodologia clara e com bastante discussão junto aos produtores, para amenizar as críticas que a Conab tem sofrido”, disse ele. “Uma coisa que tem pegado muito é o custo de produção na fixação do preço mínimo. Vamos ter de trabalhar muito em cima disso, porque se cria uma mística que isso é o preço mínimo. Na verdade, se se observar a lei, o custo variável da produção é apenas uma das variáveis. Existem outras”, conclui.
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