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Seis meses depois, moradores ainda sofrem com as perdas causadas por desabamentos de terra no RJ

A partir deste domingo, o Canal Rural volta à região serrana do Estado e mostra o que mudou na vida de quem vive na região após a tragédiaA maior tragédia natural brasileira está completando seis meses. Os desabamentos ocorridos na região serrana do Rio de Janeiro fizeram 919 vítimas, pelos dados oficiais. Dos locais atingidos no desastre, 90% estão localizados em áreas de preservação permanente, as APPs, justamente no cinturão verde do Estado, responsável pela produção de quase 100% das hortaliças do Rio de Janeiro.

A partir deste domingo, na série “Região Serrana do Rio de Janeiro – seis meses depois”, uma equipe do Canal Rural volta ao local da tragédia e mostra como estão os moradores e o que de fato mudou de lá para cá. Na primeira reportagem, João Henrique Bosco e o cinegrafista Robson Custódio relembram os dias de terror vividos pela população e constatam que muitos ainda enfrentam dificuldades financeiras, estão fora de casa e até hoje procuram por familiares desaparecidos.

Meio ano depois da maior tragédia natural brasileira voltamos à região serrana do Rio de Janeiro. Já na chegada, a certeza de que as coisas ainda não voltaram ao normal.

Tanto tempo depois, o trabalho de limpeza ainda não terminou. Casas continuam tombadas e a procura por familiares desaparecidos não cessa. Em uma área rural da região, até hoje, uma criança soterrada pela lama não foi encontrada.

Em janeiro deste ano conhecemos a história de um agricultor que teve a casa levada pela enxurrada, a plantação destruída e o pior: procurava a mulher, companheira de anos, que desapareceu. Seis meses depois voltamos ao local, mas não encontramos ele, apenas a sogra, mãe da desaparecida que até hoje não foi encontrada.

Histórias assim estão espalhadas pela área rural da região serrana. O abastecimento voltou ao normal, mas a vida não é mais a mesma. Uma placa no bairro Bonsucesso, em Teresópolis, mostra que a agricultura permanece em estado de emergência. O governo colocou máquinas para lavrar a terra, mas o socorro ainda não chegou a todos.

? Aqui eles estão colocando tratores para somente lavrar, além de máquinas para planar o terreno que está com areia, mas só em alguns bairros. Está meio devagar. Não tive nenhum benefício ainda, até o trator que pedi no cadastramento não veio ? diz o agricultor Paulo da Conceição Silva.

O agricultor Pedro Barbosa tem uma pequena propriedade onde planava alface e cenoura. Metade ficou embaixo da lama. E assim permanece até hoje.

? Com esta terra não consegui plantar, não tenho condições. Por aqui, para nós, nada foi feito. Falaram que iam abrir o rio, mas nada até hoje. Nossa situação fica ruim, não tem como plantar ? fala Pedro Barbosa.

O futuro também é incerto. Muitos moradores continuam em áreas de preservação permanente. O bairro Village, no centro de Nova Friburgo, foi interditado. Sem ter para onde ir, muitos voltaram. O cobrador de ônibus Leandro Daudt, a mulher e o filho recém-nascido moram em um morro.

? Tinha que ter saído, mas o que acontece, eles tinham prometido aluguel social, mas não foi liberado. A gente está precisando, mas na Justiça de pequenas causas fica correndo processo e não tem êxito. A gente sai para trabalhar, mas com qualquer chuva a gente larga o serviço e vem para tirar a família, salvar a família ? lamenta Leandro Daudt.

Agricultores não conseguem retomar produção no Rio de Janeiro

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