? Algumas políticas públicas que já estão disponibilizadas hoje, alguns produtores ficam de fora de acessá-las por conta de não terem informações em tempo hábil ou por não terem os profissionais em quantidade suficiente para elaborarem propostas e chegarem aos agentes que efetivam essas políticas públicas ? afirma Santos.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, metade dos agricultores familiares do Brasil não tem acesso à assistência técnica e extensão rural. Hoje, 22 mil técnicos atendem dois milhões de agricultores.
? Aqueles que ainda não recebem são justamente aqueles que ainda não estão inseridos no mercado, aqueles que precisam entender o mercado e que a assistência técnica precisa trabalhar e assessorá-los da porteira para fora ? afirma Argileu Martins da Silva, diretor do departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do ministério.
Além deste desafio, os 440 participantes do seminário discutiram os novos rumos da Política Nacional de Assistência Rural, que completa cinco anos.
? É preciso uma assistência técnica que possa olhar o todo. É preciso uma assistência técnica que venha valorizar a produção, a produtividade, o desenvolvimento, as questões ambientais, a questão cultural que veja o agricultor e a propriedade numa visão de desenvolvimento sustentável ? afirma Alberto Broch, vice-presidente da Contag.
A qualificação dos serviços oferecidos e uma aproximação da assistência técnica com a pesquisa também foram apontados como pontos fundamentais. Para este ano, a assistência técnica conta com um orçamento de R$ 340 milhões. O Ministério do Desenvolvimento Agrário se comprometeu a levar em conta as idéias apresentadas no seminário na hora de aplicar os recursos.