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Setor florestal propõe mudanças no financiamento privado

Título com características específicas e prazo mais longo para pagamentos fazem parte da proposta dos silvicultoresA criação de título com características específicas para o setor florestal e o estabelecimento de prazo mais longo para pagamentos fazem parte da proposta de financiamento privado discutida na Câmara Setorial de Silvicultura, nesta terça, dia 19, em Brasília.

De acordo com o coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da Secretaria de Política Agrícola (SPA), João Antônio Fagundes Salomão, o Ministério da Agricultura está desenvolvendo título específico para atender aos produtores desse setor, que é diferenciado.

? Hoje temos disponíveis a Cédula de Produto Rural, que só permite a liberação de recursos de uma única vez e a Cédula de Crédito Bancário. Estamos na fase de identificação das características do novo título. A expectativa é aprovar a proposta na câmara setorial, apresentá-la à área jurídica para encaminhamento ao Congresso Nacional.

Para o presidente da Câmara Setorial de Silvicultura, Fernando Henrique da Fonseca, no Brasil, ao plantar uma árvore, o produtor espera sete anos para obter resultados. O financiamento adequado seria com prazo maior.

? Alguns países dominam o mercado de produção de florestas como o Canadá, com 30% e a Finlândia, com 4%. A produtividade é sete vezes inferior à nossa. Em alguns casos, a árvore demora cerca de 50 anos para dar retorno econômico por causa do clima ? enfatizou.

A produção do setor florestal rende mais de US$ 30 bilhões por ano e as exportações representam US$ 7 bilhões. Dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) mostram que o Brasil ocupa o sexto lugar na produção mundial de celulose, com 11,9 milhões de toneladas. As exportações desse setor foram de US$ 3 bilhões em 2007, sendo 54% para a Europa e 25% para Ásia e Oceania.

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