? O crescimento do setor tem sido bastante prejudicado pela baixa competitividade do preço do gás perante combustíveis concorrentes, seja etanol, seja gasolina ? externou.
Segundo ele, o preço do gás tem se mantido o mesmo em todo o país, com algumas exceções, como no Estado do Rio de Janeiro, onde o governo dá incentivos para o uso do GNV.
? Isso faz com que o setor como um todo tenha uma posição positiva. Só que o positivo é diferente daquilo que nós vínhamos experimentando ? disse.
O setor de gás natural veicular vinha crescendo a taxas entre 10% e 12% ao ano. Em 2009, cresceu apenas 3%, totalizando 1,6 milhão de veículos convertidos.
? Até novembro de 2010, não chegou a 30 mil o número de novas conversões no ano.
A queda do ritmo de crescimento preocupa o IBP, uma vez que a média anual era de 85 mil a 90 mil veículos novos convertidos para usar gás natural veicular.
Para sanar a falta de conhecimento dos consumidores sobre o GNV, o IBP deverá promover este ano uma campanha de esclarecimento sobre benefícios e vantagens de se usar um combustível mais limpo e que proporciona melhor desempenho dos veículos.
Segundo Fernandes, grande parte dos consumidores toma a decisão de usar um determinado tipo de combustível baseado no preço do metro cúbico do gás ou do litro de etanol ou gasolina.
? Essa comparação não é correta. Você tem que levar em conta o desempenho desse combustível relativamente ao outro. Não é somente o preço ? alertou o coordenador do comitê.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média de preços dos combustíveis praticados atualmente no país é de R$ 1,545 para o metro cúbico de gás natural veicular; de R$ 1,827 para o litro de etanol e de R$ 2,598 para o de gasolina. Com base nesses preços, Fernandes revelou que o custo para o consumidor é de R$ 0,12 por quilômetro rodado com GNV e de R$ 0,26 com etanol.
? [Motor movido à GNV] gasta a metade do que gastaria com etanol. Ele faz uma economia de 50% por quilômetro rodado ? destacou o coordenador do comitê do IBP.