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Setor rural avalia novos protestos na Argentina

Preço do milho desvalorizado no mercado interno e as perdas de produção por causa da estiagem estimulam os produtores à paralisaçãoOs agricultores da Argentina voltam a se reunir nesta semana para discutir protestos contra o governo de Cristina Kirchner. Com o preço do milho desvalorizado no mercado interno, devido à intervenção estatal, e as perdas de produção por causa da estiagem, os produtores estudam nova paralisação. Em janeiro o setor interrompeu a comercialização de grãos em protesto contra a intervenção no mercado de trigo. Agora, o foco é o milho.

A safra 2010/11 de milho na Argentina foi fortemente afetada pelo fenômeno La Niña. De uma produção estimada, inicialmente, em 26 milhões de toneladas, os analistas projetam um volume de 19,5 milhões de toneladas. Além do prejuízo pelo menor rendimento do cultivo, segundo projeções da Confederações Rurais Argentinas (CRA), os produtores de milho vão deixar de ganhar US$ 580 milhões com esta colheita, devido à diferença entre o preço determinado pelo governo, chamado de FAS teórico, e o que realmente ganham.

Segundo operadores da Bolsa de Cereais de Rosario, o milho teria que estar sendo vendido, nesta segunda, dia 14, por $ 880, cerca de US$ 213, a tonelada, mas os compradores estão pagando $ 770, cerca de US$ 186. As entidades ruralistas denunciam que o sistema de cotas e demais restrições às exportações de trigo e milho elimina a concorrência entre a indústria e os exportadores, o que reduz os preços pagos aos produtores. Eles acusam o governo de favorecer as empresas exportadoras e a indústria. Desde 2006 a Casa Rosada restringe as exportações de cereais para garantir o abastecimento doméstico e controlar os preços.

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