De acordo com Sperotto, as perspectivas para a oleaginosa estão diretamente vinculadas ao consumo das grandes populações.
O mundo da soja no Projeto Lavouras do Brasil
? Não vamos ter preços estratosféricos, mas ainda teremos rentabilidade, tendo em vista que os preços elevados de fertilizantes não estão presentes no momento ? enfatizou o presidente da Farsul.
Segundo ele, a lavoura está sendo feita com o preço dos insumos baseados num dólar a R$ 1,90, enquanto a tendência é de que a moeda fique pelo menos estável nos patamares atuais de R$ 1,70.
A Farsul indica um incremento da área de soja de 5% a 8% para o Rio Grande do Sul na atual temporada. Parte dessa área vem do milho, que deve amargar redução de 18% a 20% no plantio.
? O milho sofrerá redução não em função das chuvas, mas como conseqüência dos preços. Como existe a opção de escolha entre milho e soja, o produtor vai optar pela soja ? disse Carlos Sperotto.
O dirigente admitiu dificuldades no plantio de soja em função das fortes chuvas e também apontou prejuízos nas culturas de trigo em colheita, azevém, aveia e prejuízos na pecuária leiteira.
Dados preliminares da Farsul apontam para perda de 18% de produção na safra gaúcha de 2009/2010. Inicialmente estimada em 22,6 milhões de toneladas, a produção estadual tende a cair para 18,5 milhões de toneladas, como conseqüência das chuvas de outubro e novembro. Juntando grãos e pecuária leiteira, as perdas no Rio Grande do Sul podem chegar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões.