- Boi: arroba tem leve queda após recorde
- Milho: geadas impulsionam preços no Brasil
- Soja: cotações ficam praticamente estáveis
- Café: arábica recua em Nova York
- No Exterior: EUA tem novos recordes nas bolsas, mas cautela permanece
- No Brasil: bolsa e dólar seguem com variações pequenas
Agenda:
- Brasil: taxa de desemprego de maio (Pnad Contínua)
- EUA: estoques trimestrais de grãos no país (USDA)
- EUA: estimativa da área plantada em 2021 no país (USDA)
- Boi: arroba tem leve queda após recorde
Um dia após renovar o recorde histórico da série, o indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de leve queda dos preços. A cotação variou -0,70% em relação ao dia anterior e passou de R$ 321,9 para R$ 319,65 por arroba. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador valorizou 19,65%. Em 12 meses, os preços alcançaram 45,53% de alta.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo chegaram ao segundo dia de alta consistente e seguiram em recuperação. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 318,90 para R$ 320,00, enquanto o do outubro subiu de R$ 315,85 para R$ 319,75 e do novembro, de R$ 318,20 para R$ 320,15 por arroba.
Milho: preços sobem no Brasil acompanhando Chicago
O indicador do milho do Cepea teve um dia de alta dos preços impulsionado pela ocorrência de geadas em algumas regiões produtoras. A cotação variou 0,59% em relação ao dia anterior e passou de R$ 86,63 para R$ 87,14 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 10,79%. Em 12 meses, os preços alcançaram 80,49% de alta.
Na B3, os contratos futuros do milho atingiram o limite de alta, também reagindo à ocorrência de geadas em regiões produtoras. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 87,16 para R$ 93,26, do setembro subiu de R$ 88,41 para R$ 94,46, enquanto que o do março de 2022 foi de R$ 91,65 para R$ 98,07 por saca.
Soja: cotações ficam praticamente estáveis
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de leve alta dos preços com Chicago apresentando estabilidade. A cotação variou 0,42% em relação ao dia anterior e passou de R$ 151,1 para R$ 151,74 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve variação de -1,4%. Em 12 meses, os preços alcançaram 32,28% de alta.
Em Chicago, os contratos futuros da soja tiveram comportamento misto com as posições mais curtas em alta e as mais longas em baixa. O vencimento para novembro, o mais negociado atualmente, ficou estável em US$ 13,124 por bushel. O mercado ficou dividido entre as previsões de clima seco e os resultados de estoques trimestrais que serão divulgados pelo USDA hoje.
Café: arábica recua em Nova York
Em Nova York, os contratos futuros do café arábica recuaram após dois dias de forte alta, mas conseguiram manter o patamar de US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para setembro caiu 1,54% e passou de US$ 1,627 para US$ 1,602 por libra-peso. A queda foi causada por correção técnica e realização de lucros.
A baixa nas cotações dos contratos futuros do café arábica em Nova York impactou os preços no mercado brasileiro, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação foi de R$ 830/835 para R$ 825/830, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou estável em R$ 830/835.
No Exterior: EUA tem novos recordes nas bolsas, mas cautela permanece
Apesar de fecharem o dia com variações pequenas, o S&P 500 e o Nasdaq, dois dos principais índices de ações dos Estados Unidos, bateram recordes novamente. O mercado segue cauteloso com o avanço da Covid-19 no Reino Unido, que tem um número bastante elevado de pessoas vacinadas, mas que sofre com crescimento de casos ligados à variante Delta.
O avanço do novo coronavírus, portanto, limita a alta das principais bolsas nos Estados Unidos e na União Europeia. Os investidores também monitoram as conversas entre republicanos e democratas no Congresso norte-americano em torno da aprovação do plano de infraestrutura do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
No Brasil: bolsa e dólar seguem com variações pequenas
O Ibovespa fechou o dia cotado a 127.327 pontos com uma leve queda de 0,08%. Por mais um dia, o índice da bolsa brasileira operou grande parte do pregão em queda e acabou se recuperando no final da sessão. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,28% e passou de R$ 4,928 para R$ 4,942, mais do que compensando a baixa do dia anterior.
Em relação aos indicadores macroeconômicos, o IGP-M de junho surpreendeu positivamente o mercado com uma forte desaceleração ante o resultado de maio. O índice de preços passou de 4,10% para 0,60% e os pesquisadores da FGV, que são responsáveis pelo cálculo, não descartam a possibilidade de o IGP-M ser negativo em julho.