Agricultura

Soja e milho: mercado ignora relatório do USDA e contratos sobem em Chicago

A consultoria Cogo - Inteligência em Agronegócio preparou um relatório com os principais números divulgados pelo departamento americano; confira

Soja

Os contratos futuros da soja fecharam em alta na Bolsa de Chicago, nesta quarta-feira, 12, apesar de dados do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de produção e estoques norte-americanos acima da expectativa. “O vencimento novembro subiu 9,50 cents (+1,1%), para US$ 8,83 por bushel, diante da contínua e firme demanda pela soja norte-americana”, informa a Cogo – Inteligência em Agronegócio.

Segundo o relatório mensal de oferta e demanda de agosto, a estimativa de produção nos Estados Unidos foi elevada de 112,540 milhões de toneladas (previstas em julho) para 120,420 milhões de toneladas – o segundo maior volume já registrado no país. “O USDA manteve a projeção de área plantada em 2020/2021 em 33,91 milhões de hectares, mas elevou a estimativa de produtividade média, de 3,32 toneladas por hectare em julho para 3,55 toneladas por hectare neste relatório de agosto”, destaca.

Do lado da demanda, foi elevada a expectativa de exportação dos Estados Unidos em 2020/2021 de 55,79 milhões de toneladas em julho para 57,83 milhões de toneladas. A expectativa de esmagamento nos Estados Unidos também foi elevada, de 58,79 milhões de toneladas para 59,33 milhões de toneladas. “Com isso, a previsão de estoques finais dos Estados Unidos em 2020/2021 foi elevada de 11,56 milhões de toneladas, para 16,59 milhões de toneladas”, informa.

Milho

Os contratos do milho também subiram nesta quarta-feira, na Bolsa de Chicago. O vencimento dezembro avançou 1,16% ou 3,75 cents, apesar de o USDA projetar uma safra recorde nos Estados Unidos. De acordo com a Cogo, o mercado se focou nos possíveis danos nas lavouras, após fortes ventos em parte do Meio-Oeste.

O USDA elevou a previsão para a safra de milho dos EUA em 2020/2021 de 381,020 milhões de toneladas para um recorde de 388,080 milhões de toneladas em agosto. O órgão norte-americano manteve a projeção de área plantada em 37,23 milhões de hectares, mas elevou a projeção de produtividade média de 10,234 toneladas por hectare para 10,424 toneladas por hectare. O departamento também aumentou a estimativa de estoques finais do cereal na temporada 2020/2021, para 70,01 milhões de toneladas em agosto, ante a projeção de 67,26 milhões de toneladas em julho.

Do lado da demanda, o USDA elevou a previsão de uso para ração e residual, de 148,59 milhões de toneladas para 150,50 milhões de toneladas. Também foi elevada a estimativa de exportações na temporada 2020/2021, de 54,61 milhões de toneladas para 56,52 milhões de toneladas. A projeção de uso para etanol foi mantida em 132,09 milhões de toneladas.

Saiba mais no relatório completo da Cogo – Inteligência em Agronegócio!