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Subsídio agrícola atinge recorde de baixa em 2010, diz OCDE

Suporte governamental à agricultura concedido por países integrantes da organização caiu para 18% da receita total do setor agropecuário do grupo no ano passadoO suporte governamental à agricultura concedido pelos 34 países integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu para 18% da receita total do setor agropecuário do grupo em 2010, um recorde de baixa. No ano passado, essas nações pagaram a seus produtores US$ 227 bilhões, de acordo com o relatório anual "Monitoramento e Avaliação de Políticas Agrícolas", divulgado hoje pela entidade.

No documento, a OCDE avalia que, com preços agrícolas em alta, os governos puderam diminuir os recursos pagos a seus produtores. Por esse motivo, diz que este é o momento ideal para mudar o sistema de pagamento de subsídios no mundo, que continua a não contribuir para o desenvolvimento do setor e ainda distorce o mercado global.

De acordo com a OCDE, o estudo confirma a tendência de queda na concessão de subsídios agrícolas, mas que a subvenção ainda é dada de maneira que distorce a produção e o comércio. Os subsídios, diz a entidade, têm contribuído pouco para melhorar a produtividade e a competitividade do setor, para assegurar o uso de recursos sustentáveis e ajudar os produtores a lidar com o risco inerente à sua atividade.

? Com os orçamentos dos governos mais enxutos e agricultores obtendo preços mais altos por seus produtos, os governos deveriam começar a mudar do sistema de pagamentos que sustentam a renda agrícola para avançar em políticas que gerem benefícios de longo prazo para a economia global do setor de alimentos O momento é propício para reformar as políticas de suporte à agricultura ? afirma no relatório o diretor para Comércio e Agricultura da OCDE, Ken Ash.

Países

Os níveis de suporte variam muito entre os 34 países da OCDE. No período entre 2008 e 2010, a Nova Zelândia figurou como aquele que menos concedeu apoio à receita agrícola. Seus subsídios representaram apenas 1% da renda agrícola no período. Depois, seguem Austrália (3%) e Chile (4%). Estados Unidos (9%), Israel e México (12%) e Canadá (16%) também ficaram abaixo da média dos países da organização, de 20%.

A União Europeia reduziu seu nível de suporte a 22% da renda agrícola, mas ainda assim continuou acima da média. Os suportes aos produtores continuou alto na Coreia do Sul (47%), Islândia (48%), Japão (49%), Suíça (56%) e Noruega (60%).

Nas economias emergentes, os níveis de suporte estão bem abaixo dos níveis da OCDE, mas também variam bastante. Pela primeira vez, o relatório avaliou emergentes: Brasil (5%), África do Sul (3%) e Ucrânia (7%) têm níveis de suporte baixos, mas na Rússia (22%) eles excedem os dos países desenvolvidos.

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