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Sudão oferece campo experimental para aprender técnicas sobre o algodão brasileiro

Produtores de Mato Grosso rompem fronteiras e aceitam a troca de experiênciasResponsáveis por quase metade da produção nacional de algodão, produtores mato-grossenses estão rompendo fronteiras na atividade ao decidirem plantar algodão no Sudão. O país africano quer conhecer na prática a tecnologia e o manejo utilizados pelos agricultores brasileiros e irá ceder uma área para que o cultivo do produto seja feito ainda este ano.

Conheça o projeto Caminhos do Algodão

Uma conquista que demonstra o papel de destaque que a cotonicultura desenvolvida em Mato Grosso alcançou no cenário internacional. Assim, o agricultor e presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Pinesso, define este rompimento de fronteiras. Fruto de uma negociação realizada durante uma viagem por países da África e Ásia, com o objetivo de divulgar a qualidade da fibra produzida no Estado e angariar novos negócios, o convite para plantar o produto no Sudão surgiu como uma excelente oportunidade de apresentar aos africanos todo o potencial do algodão brasileiro.

Pinesso enfatiza que o que eles precisam é de nohall, aumentar produtividade e reforçar o reconhecimento internacional.

? Somos reconhecidos no cenário internacional, escala comercial, qualidade da fibra. A ida para o Sudão demonstra a qualidade de fazermos algodão em escala industrial ? diz.

Para observar de perto esta tecnologia, o governo sudanês disponibilizou uma área de 500 hectares para a implantação da lavoura. O terreno será cultivado no sistema adensado, com espaçamento entre linhas inferior ao modelo tradicional. O plantio deverá ocorrer em junho e será realizado por uma equipe do Instituto Mato-grossense de Algodão (IMA), que será enviada àquele país.

A novidade abre as portas para possíveis negociações no futuro, tanto para a expansão da atividade na África quanto para o avanço das exportações de fibras e sementes. Além disso, o convite é considerado um importante voto de confiança na cotonicultura mato-grossense, que hoje responde por 60% da fibra exportada pelo Brasil.

Para o conselheiro consultivo da AMPA, Sérgio de Marco, a oportunidade é motivo de orgulho para a Ampa e o IMA, uma vez que se pode apresentar novas tecnologias para outros países.

? Estivemos no Sudão, Etiópia, Tanzânia. O pé no Sudão proporcionará aos produtores de Mato Grosso estar presentes na África. Até final de setembro, vamos colher e daí pra frente vamos ampliar pra 100 mil ou 200 mil hectares, a curto prazo ? explicou o presidente da AMPA, Gilson Pinesso.

Além da área cedida para o cultivo de algodão, o governo do Sudão também vai disponibilizar um terreno de 100 hectares para que os agricultores do Estado plantem lavouras de soja.

Sudão

O Sudão, que é um grande produtor de alfafa, destinado ao gado leiteiro na Arábia Saudita, e também produz algodão com capacidade que chega a atingir 80 mil toneladas por ano.

? O país tem grande potencial agrícola, mas os investimentos em irrigação são primordiais para que se possa cultivar com segurança duas safras por ano ? avaliou o presidente da Ampa.

O campo experimental ficará no sul de Cartum, capital, e terá cultivo e produção de algodão, soja e feijão. A cidade, que foi fundada pelos egípcios em 1821, tem cerca de 2.207.500 habitantes e é a segunda maior cidade do Sudão, atrás somente de Omdurman.

A capital é um centro administrativo, econômico e comercial, e dentre as indústrias que se destacam estão as de tecidos, alimentação e manufaturas de vidros.

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