Segundo o BC, governo federal, Estados, municípios e empresas estatais economizaram no ano passado R$ 118 bilhões para pagar os juros da dívida externa, um superávit primário de 3,8% do PIB. Mesmo descontando o valor destinado ao Fundo Soberano, o governo cumpre a meta de usar 0,5% da soma dos bens produzidos pelo país e registra o melhor resultado desde 1991.
? Isso reflete esforço generalizado de todas as esferas do governo, um comprometimento que não vem de agora ? avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Toda essa economia também ajudou a reduzir o tamanho da dívida. Hoje, o total dos débitos públicos corresponde a 36% do PIB, melhor índice desde 1997. A expectativa do Banco Central é que essa proporção chegue a 35% até o fim do ano.
Dados do Tesouro Nacional mostram que a contribuição do Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) para esse superávit ultrapassa R$ 71 bilhões, o equivalente a 2,46% do Produto Interno Bruto. O total das despesas é de quase R$ 498 bilhões, mais de 9% de aumento em relação a 2007. No que diz respeito aos gastos, a prioridade são os investimentos.
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? É um objetivo do governo melhorar o perfil da despesa em termos de aumentar investimento e reduzir custeio como um todo. Isso porque investimentos têm um multiplicador econômico forte e positivo ? explicou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
A receita líquida total do governo brasileiro cresceu 13,7% em 2008, chegando a US$ 583,5 bilhões, impulsionados pelo aumento da arrecadação de impostos acima da expansão do PIB. Por outro lado, as despesas aumentaram 9,3%, até R$ 498 bilhões.
A dívida pública brasileira, externa e interna, fechou 2008 em R$ 1,39 trilhão, com um aumento de 5% em relação a 2007, informou também hoje a Secretaria do Tesouro Nacional. Desse total, somente cerca de US$ 100 bilhões corresponderam à dívida externa.
