Segundo um representante sindical, o motivo da paralisação é a ausência de um acordo salarial. De acordo com ele, a greve está confirmada no terminal 6. Esse terminal pertence à Bunge e à Aceitera General Deheza, duas das maiores exportadoras da Argentina.
Segundo a secretária administrativa da cooperativa de trabalhadores portuários, Monica Games, a concretização de um acordo não está muito distante. A cooperativa está negociando as taxas que cobram de exportadores para os serviços que fornece nos portos.
Até o momento, o efeito da greve é limitado. Apenas dois portos entre 12 no centro exportador de grãos Rio Paraná foram fechados, segundo Monica. Além disso, a atividade dos portos está num período de baixa temporada neste momento, conforme diminui a oferta de grãos da última safra. A colheita deve começar no fim deste mês.
A maior exportadora de grãos da Argentina, a Cargill, também está com seu terminal portuário bloqueado, de acordo a secretária. O terminal 6 é uma das maiores unidades de processamento e carregamento de soja na região. Ambos os portos ficam em San Lorenzo.
O gerente geral da Câmara de Comércio de San Lorenzo, Gabriel Albo, afirmou que, embora as negociações pareçam ir bem, se forem interrompidas certamente a greve se espalhará para outros portos da região.
Cerca de três quartos da exportação agrícola da Argentina é embarcada em portos fluviais agrupados no entorno de Rosário. O país lidera as exportações de farelo e óleo de soja e está em terceiro lugar na exportação de soja.
No ano passado, a mesma cooperativa paralisou as exportações para forçar empresas a cancelar contratos declarando “força maior”, durante greve que durou cerca de duas semanas.
? Acontece todo ano e é algo que precisamos superar ? disse Albo.