A Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que organiza o evento, prevê que cerca de 10 mil pessoas deverão ser mobilizadas na quarta, dia 12, a partir das 9h, na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional.
Entre as comitivas, cerca de 300 líderes sindicais e agricultores familiares gaúchos estão em trânsito para Brasília para participar do evento. Cinco ônibus saíram do Rio Grande do Sul na manhã dessa segunda levando os trabalhadores. O restante dos manifestantes deve ir hoje de avião para a capital brasileira.
Para alguns, a viagem começou ainda na madrugada de segunda-feira. Os ônibus saíram das regiões de Santa Rosa, Ijuí, Lajeado, Passo Fundo e do Alto Jacuí, de acordo com Sérgio de Miranda, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).
Há duas semanas, em Brasília, a direção da federação vem negociando os 223 itens da pauta junto a 15 ministérios ? inclusive com o de Relações Exteriores que, pela primeira vez, abriu as portas para a Contag participar com o governo em negociações com a Organização Mundial do Comércio. Amanhã, se dará o fechamento das atividades com manifestações na Esplanada dos Ministérios.
? A expectativa é de que o governo anuncie, na quarta-feira, medidas que atendam às solicitações da pauta ? afirma Miranda.
De acordo com o vice-presidente, os temas da pauta nacional não diferem muito das proposições estaduais entregues à governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius, no final do mês de abril, em Porto Alegre. Apesar de maior, a pauta nacional também dá atenção especial ao fortalecimento da agricultura familiar, a questões de habitação, infraestrutura e ambiente ? considerada por Miranda uma das mais importantes.
Os dirigentes do Grito da Terra tem audiências previstas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Luis Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário.