O mercado brasileiro de milho registrou preços estáveis e poucos negócios nesta sexta-feira (3).
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias o mercado foi pautado por inexpressivo fluxo de negócios no decorrer da semana.
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“Os consumidores sustentam a estratégia de atuar de maneira comedida no mercado, realizando compras pontuais. A intenção é aguardar a entrada da safrinha no mercado para enfim se posicionar de maneira mais proativa na composição de seus estoques”, diz Iglesias.
Passado o risco climático sobre a safrinha brasileira com o frio, indica Iglesias, o foco se direciona para as exportações.
“Com uma safrinha de boa proporção, o mercado vai trabalhar voltado à paridade de exportação. A queda da CBOT no decorrer da semana pressionou os preços nos portos brasileiros, influenciando na formação dos preços regionais”, comenta.
No Porto de Santos, o preço para junho ficou entre R$ 90 (compra) a R$ 95 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 90/95 a saca.
Em Cascavel (PR) a cotação ficou em R$ 88/90 a saca . Em Mogiana (SP), preço de R$ 85/88 . Em Campinas CIF, preço de R$ 88/90 a saca.
Para Erechim (RS) preço do milho ficou em R$ 92/95 a saca, já em Uberlândia (MG), preço em R$ 79/81 a saca.
Em Rio Verde – CIF (GO), preço esteve em R$ 77/R$ 80. No Rondonópolis (MT), preço ficou a R$ 75/80 a saca.
Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços predominantemente mais baixos.
O mercado foi pressionado pelas fracas vendas semanais de milho dos Estados Unidos. A boa alta dos preços do petróleo manteve uma expectativa positiva em torno da demanda de milho voltado a produção de etanol, o que sustentou os contratos mais distantes. Os investidores também avaliam o anúncio de comercialização do cereal a destinos não revelados.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2021/22, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 185.800 toneladas na semana encerrada em 26 de maio. Representa um avanço de 23% frente à semana anterior e uma baixa de 52% sobre a média das últimas quatro semanas. A Arábia Saudita liderou as compras, com 74.800 toneladas.
Para a temporada 2022/23, foram mais 48.700 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 225 mil e 700 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de USDA a venda de 101.600 toneladas de milho para destinos não revelados. O cereal será entregue na temporada 2021/22.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 7,27 por bushel, recuo de 3,25 centavo de dólar, ou 0,44%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2022 fechou a sessão a US$ 7,01 1/4 por bushel, baixa de 3,50 centavo, ou 0,49% em relação ao fechamento anterior.