Produtores de milho começam a sentir os custos de transporte subirem conforme a colheita da soja se inicia. Já no mercado internacional, o acordo entre Estados Unidos e China ainda é o foco, mas analistas dizem que ainda “restam muitas aparas para a concretização de um trato que agrade ambas as partes”.
O analista da Safras & Mercado Paulo Molinari elencou os principais fatores que podem influenciar os preços desta commodity na próxima semana. Confira:
- O secretário do comércio norte-americano anunciou recentemente que o acordo entre China e EUA está distante, o principal ponto de divergência segue na questão da propriedade intelectual;
- A próxima semana será decisiva para a evolução das tratativas. Em caso de fracasso das negociações, nova rodada de taxações deve ser anunciada ao fim da trégua de 90 dias anunciada no último mês de dezembro;
- Dados corriqueiros como exportação semanal seguem relevantes para nortear o mercado. Ainda não há confirmação do relatório de Oferta e Demanda em fevereiro;
- No mercado interno, o perfil de negociações segue inalterado no disponível. Com fluxo pontual, oferecendo dificuldade ao consumidor em alongar sua posição. Para a segunda safra, o fluxo de negócios também esteve restrito no decorrer da sexta-feira;
- Já é perceptível o aumento do custo de frete em meio à colheita da soja. Quadro que deve se acentuar conforme avança o trabalho de campo;
- Os consumidores em determinadas regiões do país encontram dificuldade na composição de seus estoques, remetendo à possível alta dos preços no curto prazo;
- No Rio Grande do Sul, o trabalho de campo ainda flui de maneira irregular devido à incidência de chuvas que prejudicaram a evolução da colheita. No estado, a colheita alcançou 18% da área plantada.