O mercado externo de milho segue dependendo das exportações semanais dos Estados Unidos e de alguma volatilidade positiva do trigo, diz o analista da Safras & Mercado Paulo Molinari.
Segundo o especialista, a China, praticamente, não tem influência direta no preço do grão na Bolsa de Chicago, deixando a cultura seguir a demanda nos EUA.
Molinari listou outros fatores que merecem atenção do mercado da commodity na próxima semana, já que têm potencial para afetar as cotações.
- Dólar com forte volatilidade externa. Pronunciamento do presidente do FED, o banco central norte-americano, amenizou um pouco o quadro de expectativas, apontando que poderá ajustar a política monetária de acordo com o perfil e ritmo da economia, basicamente emprego e renda
- A desvalorização da moeda americana no ambiente internacional colaborou para a valorização do real internamente
- O clima irregular no Brasil afeta também lavouras de milho, mas em situação bem menos sensível do que ocorre na soja neste momento
- Chuvas em excesso na Argentina criam um certo ambiente de expectativas e ainda deixa em aberto o tamanho real da safra de trigo local
- Divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de janeiro será adiada
- No mercado interno, o ambiente da comercialização muda neste momento
- Os níveis de porto perdem espaço na formação do preço interno
- Os fretes operam em alta, a logística se concentra na soja, os produtores já estão bem vendidos no milho e os consumidores, possivelmente sem estoques mais longos. A alta até março parece inevitável
- Colheita no Rio Grande do Sul vai avançando, e preços não conseguem ceder como se esperava devido à forte presença de compradores do RS e Santa Catarina
- Segunda safra 2019 tem preços influenciados pela valorização do real
- O milho para o segundo semestre tem limitações para altas, as quais dependerão do clima nos EUA e do câmbio