O que está fazendo com que o resultado do mercado de máquinas agrícolas não seja ainda pior são os tratores de menor potência vendidos através de programas governamentais. Basta observar que as vendas de tratores caíram 12,5% enquanto as de colheitadeiras reduziram quase 39%. Problemas de rentabilidade e falta de crédito foram os grandes vilões.
Em maio, foram vendidos 48 tratores a mais e 80 colheitadeiras a menos que no mês de abril. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), são justamente programas como o Mais Alimentos do governo federal e o paulista Pró-Trator que estão garantindo o volume de negócios nesta revenda em Sorocaba, interior de São Paulo. Dos 25 tratores vendidos em maio, 15 foram pelos programas.
Entretanto, se por um lado a quantidade de vendas se mantém, o mesmo não ocorre com a receita dos revendedores. As máquinas comercializadas por estes programas têm preço mais baixo e o faturamento é feito direto com a fábrica.
O desempenho negativo também significou demissões. O setor perdeu 263 postos de trabalho no último mês. Segundo a Anfavea, está difícil ser otimista para o resto do ano.