As sete vinícolas dos municípios de Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, e Casa Nova, na Bahia, processam oito milhões de litros ao ano, transformando a vinicultura em setor importante do Vale do São Francisco. A região também é polo de fruticultura tropical do Brasil, responsável por mais de 97% da uva e 93% da manga exportadas.
Os diferenciais da região nordestina estão em fase de estudos para compor o pedido de Indicação Geográfica (IG) dos vinhos produzidos em condições ambientais originais. O termo IG é utilizado por produtores, comerciantes e consumidores para identificar produtos com características e qualidades, a partir do local de origem.
A Embrapa Semiárido é a instituição que coordena os estudos para documentar a marca dos vinhos do Vale do São Francisco. De acordo com a pesquisadora Maria Auxiliadora Coelho de Lima, o selo poderá beneficiar toda a região e indicará superioridade dos produtos.
? A IG assegura o direito de uso da marca e valoriza comercialmente o produto em relação aos demais da mesma classe ? explica.
No Brasil, alguns produtos já receberam a Indicação Geográfica (IG) como o café do Cerrado Mineiro, a carne nos pampas gaúchos, os doces de Pelotas/RS, a cachaça de Paraty/RJ e o vinho do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.