? Esses números reforçam a liderança do Estado no ranking do reflorestamento no país, à frente de São Paulo, que tem 1,2 milhão de hectares destinados à atividade ? diz o subsecretário do Agronegócio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Baldonedo Arthur Napoleão.
O subsecretário ainda ressaltou a crescente participação do setor de produção de floresta no desenvolvimento econômico de Minas Gerais e afirmou que a perspectiva é de aumento na participação da atividade na geração de riqueza no Estado.
Com o objetivo de fortalecer a produção, a Seapa criou a Câmara Técnica de Silvicultura. O fórum, que reúne representantes dos segmentos da cadeia, instituições de pesquisa e órgãos do governo ligados à atividade, vai ajudar na formulação de propostas para o setor. A reunião de posse dos integrantes da câmara foi realizada nessa terça, dia 20, na Seapa, em Belo Horizonte. O empresário Bruno Melo Lima, presidente da Associação Mineira de Silvicultura (AMS) será o coordenador.
O secretário Elmiro Nascimento disse que o governo de Minas considera o setor de produção de florestas tão importante e merecedor de atenção quanto os demais do agronegócio.
? Por isso, todos os segmentos da atividade terão apoio, intenção que se confirma com a criação desta câmara técnica ? enfatizou.
Nascimento declarou também que a Seapa pretende fazer a sua parte para a adesão dos produtores ao Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Entre outras propostas, o programa estimula as práticas de cultivo com redução dos gases de efeito estufa, nas quais se enquadram as produções de florestas de eucalipto e pinus.
Importância estratégica
Com base em dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), a Subsecretaria do Agronegócio informa que os plantios de eucalipto em Minas Gerais alcançam atualmente 1,4 milhão de hectares. Já o cultivo de pinus se estende por 136,3 mil hectares.
A produção de florestas tem importância estratégica na economia do agronegócio estadual, com destaque para a oferta de matéria-prima que, transformada em carvão, alimenta os fornos das siderúrgicas.
Em 2010 foram destinados 18,2 milhões de metros cúbicos de carvão (mdc) para essa finalidade, ou seja, 72,35% do insumo utilizado pelas indústrias mineiras procedem da biomassa florestal.
Já o “Inventário Florestal”, realizado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) e pelo Instituto Estadual de Florestas, mostra que o plantio de florestas alcançava 395 municípios mineiros em 2003. Seis anos depois a área com florestas plantadas no Estado já apresentava crescimento de 38,2%, uma expansão que, segundo a Subsecretaria, garante a perspectiva de aumento crescente da oferta de matéria prima para consumo interno e também para a exportação.