Neste domingo, dia 15, os países ricos reunidos em Cingapura consideraram irreal a possibilidade de um novo acordo daqui a 20 dias.
Minc afirmou que o fato de os dois maiores emissores de gases de efeito estufa ? Estados Unidos e China ? não estarem dispostos a um compromisso numérico de redução é uma “ducha de água quente [nas negociações] que aumenta ainda mais a temperatura do planeta”.
? Parece que fizeram um pacto de abraço dos afogados para um justificar a falta de empenho do outro. Já estávamos com problemas para chegar a um acordo. Isso é inaceitável ? afirmou.
O ministro defendeu a proposta brasileira apresentada na última semana de redução de emissões entre 36,1% a 38,9% até 2020 e afirmou que o Brasil vai continuar a articulação com outros países para tentar evitar um fracasso em Copenhague.
O Brasil já firmou um acordo com a França e, segundo Minc, também está conversando com representantes da África do Sul, do México e da Índia.
? Temos que jogar com todas as cartas para evitar que Copenhague naufrague. Isso não é uma negociação comercial, de açúcar, de algodão, é uma discussão climática, do planeta. E nós não temos outro planeta ? disse Minc.
Na avaliação do ministro, além de negociações entre países, é preciso convencer a opinião pública da importância de um novo acordo sobre o clima em Copenhague.
O ministro Carlos Minc participa agora à tarde de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que hoje discute mudanças climáticas. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também participa da reunião.