? Não é correto tratar o agricultor familiar, que tem 50 hectares e trabalha com a família, da mesma forma que aquele que tem 100 mil hectares e às vezes emprega boias-frias e até trabalhadores em situação análoga à escravidão ? defendeu, em discurso em cima de um trio elétrico para um público de cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar.
De acordo com o ministro, entre as possibilidades de concessões para os agricultores familiares na mudança do Código Florestal estão a soma da Área de Preservação Permanente (APP) e da reserva legal no cálculo da parte da propriedade a ser preservada, o uso de espécies não nativas para recomposição do que foi desmatado, com a utilização de árvores frutíferas, por exemplo, e a simplificação da averbação da reserva legal.
Com um boné da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades que organizam o Grito da Terra, Minc afirmou que tem uma “ligação histórica” com a reforma agrária.
? A boa aliança é com o meio ambiente, com a preservação. Os ruralistas encolheram o rabinho de capeta e agora fingem defender a agricultura familiar. É conversa para boi dormir. Não se deixem enganar. Não é a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) que fala em nome da agricultura familiar, é a Contag e outros movimentos sociais ? afirmou.
O presidente da Contag, Alberto Broch, disse ao ministro que a entidade apoia a proposta da área ambiental, mas pediu o fim da criminalização dos pequenos agricultores. Segundo ele, alguns já perderam propriedades inteiras por causa de multas ambientais.
? Sabemos que a batalha será árdua, inclusive dentro do governo. A proposta que a Contag apoia é a do ministro Minc. Vamos trabalhar juntos, fazer um mutirão para viabilizá-la.